Jul 31, 2008

É, mas...

Cultura definida também pelo 'É, mas...'

Estava esses dias atrás em uma discussão aonde eu expus a submissão do brasileiro à qualquer pessoa de outra nacionalidade e quanto isto me irritava. Isso veio à tona porque eu tinha recém participado de uma reunião entre 2 filiais de gigantes americanos e é repugnante o comportamento dos funcionários daqui em relação ao 'co-workers' da Matriz. Uma coisa é respeito, a outra é submissão e inferioridade. E foi exatamente isso que eu vi.
Fazendo uma análise e relembrando os lugares por onde passei, percebi que isto é um comportamento padrão em todas as empresas que se submetem ou tem relacionamento para lá de nossas fronteiras. Sempre existe uma ação de ficarmos na defensiva e falarmos amém à tudo o que 'Eles' dizem ou fazem.
Sempre fazemos de tudo para agradá-los e serví-los melhor.
Fazemos verdadeiro papel de palhaço ou bobo da corte, aonde agrada-se os outros independente do nosso estado pessoal e muitas vezes nos desagradamos.

Comum ver o pensamento, comportamento e frases do tipo 'Ah, são Eles! O que vão pensar? O que querem de nós? Parem o País, alguém de fora quer um copo de água !'

Sinto vergonha deste complexo de inferioridade implícita que sofremos e temos.

Falta nacionalidade a nós. Não amamos nosso País, achamos que amamos. Gostamos é de uma coisa aqui, outra ali mas não somos nacionalistas e tão pouco damos valor para o que existe aqui e para nós mesmos.
Não temos bandeiras de nossa pátria hasteada. Não nos informamos como fazer daqui um País melhor e mais que isso, transferimos todos os nossos problemas e frustrações aos outros para que não nos caia sentimento de culpa pelos nossos fracassos. Por exemplo, falar que tudo é culpa do Governo, ou então o famoso 'É, mas...'.

Discute-se muito que brasileiro é solidário, esperto, inteligente, criativo, isso, aquilo, etc.
Tantas qualidades são descritas mas não vemos resultados em nenhuma delas.
Nos achamos criativos porém não vemos grandes produtos serem patenteados, ai a resposta: 'É , mas o governo não me dá incentivo...'. Não fazemos grandes filmes, 'É, mas não temos recursos, equipamentos, tecnologia...'. Somos criativos mas não conseguimos resolver os problemas diários que existem em nossas cidades, aos montes, 'É, mas esses problemas tinham que ser resolvidos pelos Outros'.

Somos tão solidários mas não ajudamos ninguém, 'É, mas eu tenho tantos problemas que não posso ficar parando minha vida para os outros...'.
Somos tão inteligentes que pagamos um tanto de imposto e temos NADA de retorno, 'É, mas eu dou o troco no governo, sonegando, roubando, enganando, pirateando, afinal, o governo é corrupto e ladrão, mas eu não'.

Tem também o lance de saber fazer tudo. Somos bons, fazemos qualquer coisa, manda que a gente faz. Pena que a gente não faz o que nos faz crescer, o que nos torna nobres e mais evoluidos, 'É, mas se eu não pensar só em mim e pensar nos outros eu não chego aonde EU quero e EU quero chegar lá sozinho, quero ninguém comigo'.

Quando eu decidi voltar, a Sandra teve uma conversa comigo e expusemos nossas frustações com nossa terra natal e ela tinha exatamente a mesma visão e conclusões da Iuguslávia que eu tenho do Brasil e ela me disse que com certeza eu não aguentaria ficar muito tempo aqui, porque ela via que eu não me encaixava ao meio da mesma forma que ela também não se encaixava mais e eu sabia que ela tinha razão.

Como sempre digo, eu sou crítico e cético à minha Terra por amá-la e ser um nacionalista 24 horas por dia e não por 1 mês a cada 4 anos.
Por ser um frustrado por não ter nascido em uma Terra que me amasse e por ser um órfão de Pátria mãe.
A minha Terra não me quer e tão pouco liga para qualquer um.
A sociedade é egóista, invejosa, sem personalidade e com síndrome de inferioridade implícita, crônica e sem conhecimento de tal patologia.

Não temos noção de nossa medíocridade e quão pequenos somos. Pior que isso que apesar deste quadro de mediocridade, ainda temos orgulho de nossa 'superioridade' supérflua e mentirosa.
Já é tarde para acordar e ver o tamanho do prejuízo e ainda por muito tempo vamos continuar nesta hibernação, enquanto o mundo todo esta acordado, tentando superar os obstáculos.

E viva o Carnaval, o Futebol e a Cerveja, tendo isso ai, tá bom, não precisa de mais, né Brasil?

...

Feriado em Monte Verde - Parte Xiii


Este post deveria ter sido publicado a quase um ano atrás. Mas aqui vai.
Diálogo desta foto "Paula, é para você jogar a bolinha de volta para mim, não para os cachorros...."

Pois é, Paula Maria que dotada de toda a sua habilidade e coordenação para a prática de tênis (e todos os outros esportes no mundo) fez com que por pouco dois São Bernardos não viessem à óbito, em virtude de ter alimentado os caninos com algumas bolinhas de tênis. (A Wilson agradece).

Eu em face daquela aguniante cena, aonde um dos pequeninos São Bernardos gigantes se sufocava com uma das redondinhas, pedi à Paula Marola que corresse até a decepção do hotel e avisasse o povo que um dos pequeninos estava a ponto de digerir a amarelinha de forma não convencional e isto me preocupava quase me levando ao desespero. Quase.

Paula atendeu ao meu pedido e foi andando até a decepção do hotel para pedir ajuda. Mas numa rapidez tão grande, que faria com que qualquer Budista ou Monje Tibetano perdesse a paciência quando de sua volta.
Paula estava indo tranquilamente como se nada de anormal estivesse acontecendo. A vida ao redor dela correndo simples e tranquilamente, naquela bucólica pousada em Monte Verde, aonde o tempo parecia parado e tranquilo como outrora, Esquilos cavalgavam pelos bosques, passarinhos voavam e cantavam alegrementes, casais apaixonados caminhavam de mãos dadas entre as hortênsias e São Bernardos morriam engasgados com bolinhas de tênis da Wilson. Coisas normais do dia a dia.

E os cachorros? Ah, os cachorros ficaram bem, mas não graças à Paula, que por ela os Berrrrnarrrdos (Paula com sotaque de Epitácio falando Berrrnarrrdo) teriam batido as bolas, ops, as botas.

tsc tsc tsc. Paula má, Paula má

Coisas da vida by Estado de Circo

Textos extraídos do Estado de Circo

Confesso minha total incapacidade para abrir embalagens. De qualquer tipo. De vidro de palmito a pacote de biscoito, passando por lata de molho de tomate, lacre de cd e caixa de DVD. E quanto mais passa o tempo, mais difíceis de abrir ficam as embalagens. Não deveriam ficar mais fáceis?

Os lacres das garrafas de água deveriam funcionar para segurança, e não para obrigar o consumidor a aplicar tamanha força para abrir que, quando aberta, metade de seu conteúdo caia sobre o teclado. E, da mesma forma, por que os pacotes de batata frita, Doritos ou amendoins são feitos de modo a mandar todas as batatas pelos ares quando abertos?

A pior parte de derramar água no teclado é não ter pano à mão e precisar abrir um pacote de papel toalha. E o papel toalha cai rolando pelo chão.

Sou só eu?

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Carrinhos de Supermercado

Há uma estranha atração entre sujeira e rodas de carrinhos de mercado. Há 250 carrinhos ali esperando para uma voltinha e o escolhido sempre, sempre mesmo, vem com algum defeito em uma das rodas.

O pobre consumidor – você e eu – passa uma ou duas horas brigando com um punhado de repolho, um monte de plástico, uma tira de Havaianas ou um duende do Papai Noel preso na porra da roda e não consegue arrumar. E todo motorista de supermercado tem o mesmo problema.

Não há revisão para estes carrinhos? Uma concessionária resolveria o problema. Limpeza de rodas, alinhamento e balanceamento. Urgente, porque não é possível fazer compra de mês nas cestas de plástico.

Jul 27, 2008

Horizonte em POA


Imagem do horizonte em Porto Alegre, 'Divino' este raio solar saindo das nuvens

Jul 18, 2008

Paula e Alê

Estes ai são meus primeiros amigos aqui de Porto Alegre.
A Paula e o Alê. HEIN? Isso mesmo, Paula e Alexandre (trabalham comigo na Dell) e se não bastasse os nomes iguais, existe mais um monte de coincidências entre nós (Alê e Paula) e eles (Paula e Alê) que eu nem vou listar, porque são muitas.
Simplesmente surreal. Só vendo para acreditar.
Eles são nós em outra dimensão ou nós somos eles na mesma dimensão do hiper-espaço-continum-advanced-mega-plus-familypack?
God works in a misterious way, já diria Elwood

Sabedoria

Frases ditas pelo Alê da Paula:

"Na teoria, teoria e prática são a mesma coisa. Na prática, não são"

"Memória falha, mas o Google nunca esquece"

:)

Jul 16, 2008

O novo músico da familia

E o danado com quase 4 anos, leva jeito pra coisa. É de familia. :)

Jul 5, 2008

Cartão Postal na minha Janela


Cartão postal na janela do meu apartamento hoje à noite, não tinha a câmera certa para registrar, mas fica uma amostra da obra-prima Divina registrada pelo celular.

Jul 2, 2008

Tu sei cosi - Fred Bongusto

Tu sei così,
per questo ti voglio bene.
Ora sei tu
il mondo che m'appartiene.
Basta solo quel momento
e chiudi gli occhi e poi
comincio io.
Patti chiari, non volevo
innamorarmi più,
amore mio.

È come se tu avessi dato un pò di sole
ad un fiore che muore.
Che ridere a pensarci, non volersi innamorare
perchè dopo fa male.
E tutti quei momenti in cui
tu non sei tu
e non hai voglia di spiegare.
Per uno strano scherzo del destino sono io
che ho paura di più,
di più.

Tu sei cosi,
per questo ti voglio bene.
Ora sei tu
il mondo che m'appartiene.
Ubriaco di parole
che per te voglio inventare,
non so più che giorno è.
Un profumo di carezze,
le tue dolci tenerezze e tutto il resto
che nome ha.

È come se tu avessi dato un pò di sole
ad un fiore che muore.
Avrei saputo dire a te, solo a te,
questo e amore.
E poi fantasticare
su tutto quello che potrei fare per te,
questo é amore.
Pensare ad ogni attimo felice
di rifarlo con te, con te.

Basta solo quel momento
e chiudi gli occhi e poi
comincio io.
Patti chiari, non volevo
innamorarmi più,
amore mio.
È come se tu avessi dato un pò di sole
ad un fiore che muore.
È come se tu avessi dato a me, solo a me,
i primi baci d'amore.

Per un gioco del destino
sono io che ho paura di più.