Jul 31, 2007

Caras e boas

Eu tô bavô !!!

Aehhh, pareço um Smurf !!!


Pan ?!?!

Texto extraído do blog do Flávio Gomes...

Durante duas semanas, um pouco mais, fomos bombardeados pelo verde-amarelo. Nas bandeiras, nos uniformes, no hino, nas perucas, nas camisetas, nos bonés.

Arenas, ginásios, estádios, quadras, tudo tomado de verde-amarelo, e de um otimismo incontido. O avião da TAM atrapalhou muito. Como é que pode cair um avião no meio do “nosso momento”?

E o “nosso brilho”, “nossas meninas”, “nosso atletismo”, “nosso basquete”, “nosso vôlei”, “nossa natação”, “nosso judô”, “nosso tênis de mesa”, “nosso iatismo”, “nosso hipismo”?

Que sacanagem, a desse avião. Fomos obrigados a trocar os sorrisos dos apresentadores, dos “nossos apresentadores”, pelo ar contrito, que não fica bem comemorar nada com 200 pessoas torrando num cilindro de metal. Mas é só por um dia ou dois. Amanhã tem Brasil-sil-sil de novo.

(Parênteses. O maior mal do Brasil é o cara da Globo que dispara a vinheta “Brasil-sil-sil”. O dia em que esse cara se aposentar, metade dos problemas do país estarão resolvidos. Aproveitem e aposentem, também, o responsável por misturar hino nacional com musiquinha do Senna.)

E obedecemos, por duas semanas, um pouco mais, à ordem-do-dia martelada minuto a minuto pela TV. Vamos torcer pelo Brasil no revezamento! Vamos torcer pelo vôlei do Brasil! Vamos torcer pela ginástica do Brasil! Vamos torcer para o cara tropeçar porque assim o Brasil leva! É ouro para o Brasil! Vamos torcer pelo Brasil, putada!

Não, não pude assistir a nenhuma competição apenas para assistir. Eu tinha de torcer para o Brasil, senão corria o risco de ser deportado.

Ah, quantos sorrisos, quanta gente alegre, e quantas lágrimas no pódio! Como é bom, ser brasileiro! Que potência!

Que bando de tontos, isso sim.

O comportamento do brasileiro tem sido pautado há muitos anos pela TV Globo, isso não chega a ser uma grande novidade, mas quando tem esporte na parada, é um pavor. As pessoas vão às arquibancadas com um único objetivo: fazer papel de palhaço para aparecer na Globo.

Não é muito difícil. Basta levar um cartaz, ou meter uma peruca ridícula, ou pintar a cara, ou as unhas, ou usar óculos enormes. E ficar de olho nos telões, porque uma hora uma câmera vai te pegar e você vai apontar para o telão, cutucar o vizinho, e acenar e pular feito um chimpanzé pintado de verde-amarelo. Cante que é brasileiro com muito orgulho e com muito amor, também. Faça parte da “galera”.

A Globo trata “nossos” atletas como se fossem todos dela, da Globo. É a delegação global. Da mesma Globo que está cagando para o esporte, não transmite um jogo de basquete por ano, mas quando o basquete ganha o ouro, num torneio medíocre de times fraquíssimos, é o “nosso basquete”, e lá vão os bobões dar entrevista para a Globo, chorar para as câmeras da Globo.

Da mesma Globo que promove os Jogos Mundiais de Verão, tudo devidamente patrocinado por estatais e por marcas de chinelos e de tênis, jogos que não existem, só servem para embromar a patuléia nas manhãs de domingo. Da mesma Globo que promove “desafios internacionais” de babaquices pueris como vôlei de praia, futebol de areia, patinete, bambolê, skate.

E enchemos o rabo de medalhas, e inventamos uma disputa estúpida com Cuba, que tem menos habitantes do que São Paulo, e os cubanos são vaiados pelos incrivelmente civilizados torcedores que vão às arenas de peruca verde-amarela, porque se tornam inimigos da pátria, párias que não têm o direito de derrotar “nossos meninos” e “nossas meninas”, de ser melhores do que nós.

Toda glória aos atletas. É o momento deles. Sacrificam-se, treinam, lutam, têm uma vida dura. Vivem num país que não tem, nunca teve, política de esporte. Mas fazem papel de bobos em momentos como esse, choram para aparecer no “Fantástico” e no “Jornal Nacional”, permitem que a mídia de aproprie de suas vitórias, que o país que lhes vira as costas festeje seus triunfos e os assuma coletivamente, é a vitória do Brasil!

Vitória do Brasil o cacete, as vitórias são individuais, nunca fizemos nada por eles. Não vi ninguém falar das derrotas do “nosso ciclismo”, ou do “nosso badminton”, e ninguém dirá que “nosso basquete” é uma bomba se o Brasil não passar do pré-olímpico, o que vai acontecer, ou que “nossa natação” é um fiasco se não vier nenhuma medalha de Pequim, no ano que vem, o que é bem provável. Derrotas não são para dividir. Cada um engula a sua.

O Brasil ganhou dez medalhas em Atenas em 2004, cinco de ouro, sendo três delas na vela e no hipismo, redutos de alguns clãs, esportes que não têm praticantes no país, são apenas diversão de milionários. Outra foi no vôlei de praia, esporte inventado aqui, e outra, aí sim, na única modalidade em que é forte de verdade, o vôlei de quadra masculino.

“Nossa natação” não ganhou nada, “nosso atletismo” arrancou um bronze na maratona, “nosso judô” trouxe dois bronzes, “nossa ginástica” saiu zerada, “nosso taekwondo” idem, levamos couro da Ucrânia, da Hungria, da Grécia e da Romênia.

Não, não se mede um país pelo número de medalhas que ganha numa Olimpíada. Noruega, Suécia e Canadá ficaram atrás do Brasil em Atenas. Somos melhores que Noruega, Suécia e Canadá? Faz-me rir. Mas é o que se tenta vender aqui. Que somos demais, verde-amarelos, com muito orgulho, com muito amor. Que somos do tamanho de “nossas medalhas”.

Gastaram 3 bilhões para fazer o Pan no Rio. Ergueram estádios e ginásios. Umas meninas do hóquei, acho, preteridas da seleção depois de acusações até de assédio sexual, protestaram num jogo qualquer torcendo por Cuba, e vi uma mulher na TV revoltada, chapéu verde-amarelo enfiado em sua cabeça ridícula, xingando as meninas e bradando “isso aqui é Pa-na-me-ri-ca-no”, separando as sílabas. A vaca não tinha a menor idéia do que estava falando. “Aqui tem que ser brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. Patriota de araque. Patriota de boutique.

Essa dinheirama toda será abandonada, não tenham dúvidas. Arenas, ginásios e sei lá o que mais vão ter infiltrações no teto, as piscinas vão secar e ficar cheias de dengue, tudo vai apodrecer para poder ser reformado um dia, ninguém vai querer pegar o mico para pagar a conta.

Em Pequim, “nossos meninos” e “nossas meninas” vão ganhar o que sempre ganham, meia-dúzia de medalhas no vôlei, no vôlei de praia, no “nosso hipismo” e talvez no “nosso iatismo”. Ninguém vai assumir “nossas derrotas”. “Nossos atletas” vão reclamar da falta de estrutura, da falta de piscinas, de pistas de atletismo, de ginásios, de condições.

O Pan não mudou o Brasil em nada, não se iludam. Os sorrisos dos apresentadores de TV são uma tentativa inútil de inflar a auto-estima do brasileiro, um esforço enorme para que o brasileiro se convença de que é vencedor, bem-sucedido, simpático e bacana.

Somos demais, em resumo, é isso o que o Pan nos ensinou, e se você não se sente assim, tem algum problema. Porque o Brasil da Globo é de ouro, é o máximo, fizemos o melhor Pan da história, graças a Deus, com muito orgulho, com muito amor.

Jul 23, 2007

Brasil....

* A verdade esta na cara...


Brasileiro é um povo solidário. Mentira.

Brasileiro é babaca. Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida; pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza; aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade... Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária. É coisa de gente otária.


Brasileiro é um povo alegre. Mentira.

Brasileiro é bobalhão. Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo , ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai. Brasileiro tem um sério problema. Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.


Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência. O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe - lá no fundo- que se estivesse no lugar dele faria o mesmo. Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.


Brasileiro é um povo honesto. Mentira.

Já foi; hoje é uma qualidade em baixa. Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso. Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.


90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.

Já foi. Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram. Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa, e não concordava com o crime. Hoje a realidade é diferente. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3, mas não milhares de pessoas. Além disso, cooperariam com
a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.


O Brasil é um pais democrático. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei. A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente. Num país onde todos tem direitos, mas ninguém tem obrigações, não existem democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita. Se tirarmos o pano do politicamente correto veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores). Todos sustentados pelo povo que paga tributos que tem como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.
Democracia isso? Pense nisso!

O famoso jeitinho brasileiro. Na minha opinião um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira. Brasileiro se acha malandro, muito esperto. Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar. No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí? Afinal somos penta campeões do mundo né? Grande coisa...
O Brasil é o país do futuro. Caramba, meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avós se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram... Brasil, o país do futuro!? Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.


Deus é brasileiro.

Puxa, essa eu não vou nem comentar... O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.


Para finalizar tiro minha conclusão: O brasileiro merece!

Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente. Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta. Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão. Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!

Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

Jul 21, 2007

Eu tô nessa tb


Eu viajo muito, mas não é por isso que eu vou entrar nessa mas sim para protestar contra esse governo que me dá nojo.